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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

VEREDA - Vicente Bastos





Vaguei, andei até avistar o amplo cerrado
De verdejante várzea e ali me quedo em vão.
Que as pernas pesam e o anseio é encerrado;
Esmaecido ante a amplitude e a solidão.

Detido e mudo vislumbrando o campo vasto
E rico à mercê. Mas aonde foi a coragem?!
Sobra-me chão e sobeja farto verde pasto.
Porém pra prosseguir me falta a boa aragem,

Me falha o sonho par, uma lufada, um empurrão...
Adiante, a vereda: água, buriti, umbu, pequi...
E eu aqui fincado, só, no pó, no seco chão.

Preciso persistir, seguir, fugir com ar de
Quem não vai permanecer, em nó, inerte aqui.
Mas será, não será tarde, muito, muito tarde?!

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