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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
MEIO DO CAMINHO (Vicente Bastos)
NUNCA estagnar no meio do caminho;
Melhor estar ao oriente do oriente;
Jamais nessa metade em que ora aninho.
E luto pra que a inércia não me assente.
NUNCA me traspasse tão atroz espinho!
A fustigar de sorte que me desoriente;
A me afixar, fincar, purgar no pelourinho,
De vez que vim à luz à margem do ocidente!
NUNCA então prostrar-me em um terreiro
Barranca do poente onde me encarnei
De cuja regra tanto obriga a ser arteiro.
NUNCA, enfim, silenciar-me o cancioneiro,
Meio do qual defino em vida a própria Lei...
Que a própria lida propriamente transporei.
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